Conforme a descoberta do mundo vai ocorrendo – e o entendimento de que ele e a mãe são pessoas separadas e diferentes -, é comum, nessa fase, que o bebê queira ficar mais agarrado, com medo de pessoas e lugares estranhos e de os pais desaparecerem. Parece contraditório, mesmo, e é, porque o aumento de repertório exige mais segurança para lidar com novidades.

Publicidade

Esse comportamento é chamado de ansiedade de separação ou angústia de separação. Ele pode aparecer após os 6 meses de idade, quando o bebê descobre que não é uma extensão da mãe, mas é mais evidente e forte por volta dos 10 a 18 meses. A ansiedade se caracteriza por muito choro quando você “some” da vista do seu filho, recusa de ir para o colo de outras pessoas ou de deixar ser tocado e até sono agitado – ele acorda várias vezes assustado, chorando ou gritando, com medo de que os pais (principalmente a mãe) tenham ido embora. Não se preocupe: é uma fase (porém, que pode se estender até os 2 anos de idade).

Como lidar com a ansiedade de separação

Para ajudar a criança a enfrentar e até superar esse receio, experimente levá-la ao supermercado ou em algum outro lugar mais de uma vez, para que ela vá se ambientado.

Quando precisar deixá-la na creche ou com outro cuidador, não saia à francesa: mesmo que ela chore, conte que você vai embora, mas que volta para pegá-la. Se você simplesmente sumir, ela pode acreditar que ficou sozinha para sempre. Mas também não fique voltando para checar se ela ficou bem – é só um tchau, não aumente a despedida.

Publicidade

Em casa, faça breves separações: deixe o bebê brincando e diga que já volta. Saia do ambiente um pouco e retorne, aumentando o tempo de distanciamento progressivamente. Assim, ele vai se sentindo cada vez mais confiante de que você sai, mas volta. Outra forma de promover essa independência é deixar que ele vá explorando a casa sozinho, ou seja, não ficar atrás dele o tempo todo.

O mais curioso é que, quando se sentem confortáveis, os pequenos buscam por atenção e aprovação social, sorrindo e fazendo gracinhas para os outros. De qualquer forma, quando ele buscar por você com olhar ou com os bracinhos conforte-o com frases do tipo “mamãe ou papai está aqui”, “mamãe ou papai já vai”. Dê colo, ofereça amor e aconchego, mas não deixe suas atividades de lado por causa dessa fase: é importante para ele que você ajude-o estimulando sua autonomia.

E mais:

+ Gritos e choro à noite: pode ser terror noturno

+ Novos medos, novos cuidados

+ A importância da naninha para o bebê

Quer saber mais? Assine nossa newsletter e receba toda semana mais matérias sobre como o seu bebê está se desenvolvendo. É rápido e gratuito.

Publicidade