Conversamos com uma dermatologista especializada em gestação para entender por que muitas mulheres ganham estrias na gravidez e se é possível evitá-las (ou tratá-las)

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Gerar uma vida é algo sublime e que nos transforma, tanto interna como externamente. A gravidez deixa marcas de amor, marcas de entrega – e também marcas no corpo físico. Algumas das mais conhecidas são as estrias na gravidez. Embora isso seja definitivamente minúsculo, diante da grandeza do que seu corpo acaba de fazer, muitas mulheres se incomodam, o que acaba prejudicando a autoestima. Por isso, pedimos a ajuda da dermatologista Ana Carulina Moreno, do Rio de Janeiro (RJ), que explicou um pouco mais sobre o tema.

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Sara Shakeel estrias na gravidez
A artista Sarah Shakell fez uma montagem para ressaltar a beleza do corpo e das estrias na gravidez e pós-parto (Reprodução/ Instagram @sarashakeel)

Estrias na gravidez: por que elas aparecem?

“As estrias são cicatrizes geradas pelo rompimento de fibras elásticas e colágenas que sustentam a camada intermediária da nossa pele”, explica Ana Carulina. “Isso geralmente ocorre quando há um estiramento repentino, como quando há mudança brusca de peso, na puberdade ou na gravidez”, complementa. Caracterizadas por linhas arroxeadas, róseas ou brancas, elas costumam aparecer na pele do abdome, dos seios, da região lombar e dos glúteos. Durante a gestação, a pele estica, por causa da distensão do abdômen, e acontecem várias alterações hormonais. Estes são alguns dos fatores que mais colaboram para o surgimento das estrias nessa fase da vida.

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Estrias brancas, roxas, vermelhas… Entenda a diferença

A principal diferença entre as estrias com coloração diferente é, basicamente, o tempo. “As estrias avermelhadas são mais precoces e tendem a ficar brancas depois. Por serem mais novas, as vermelhas são mais responsivas aos tratamentos – apesar de isso não significar que as brancas não podem ser tratadas, com técnicas específicas”, diz a especialista.

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Como acabar com as estrias?

Não acredite em promessas milagrosas. Segundo a dermatologista, infelizmente, não há um tratamento totalmente efetivo quando falamos de estrias. Mas calma! “Em alguns casos, é possível observar uma melhora significativa da pele quando é feito um tratamento imediato – enquanto as estrias ainda estão rosadas”, aponta a médica.

Ana Carulina ressalta que todas as estrias podem e devem ser tratadas, caso estejam incomodando. Quanto mais precoce a ação, melhores os resultados. “Podemos fazer microagulhamento robótico e lasers ablativos, além de biostimuladores de colágeno injetável em toda a região. Além disso, para as estrias vermelhas, é possível associar luz pulsada, peelings químicos e ácidos usados em casa”, explica. 

No entanto, esses tratamentos só podem ser realizados depois da gravidez, com aval do médico, combinado?

Estrias na gravidez podem ser prevenidas ou são uma questão de genética?

Quando a mulher já tem estrias antes mesmo de engravidar, ela provavelmente tem uma predisposição. “O quadro pode sim piorar e novas estrias podem se formar na gestação! Nesse caso, os cuidados devem ser redobrados e, se possível, é importante fortalecer a pele antes da gravidez, com muito estímulo de colágeno”, indica Ana Carulina.

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E não adianta sair fazendo tratamentos e comprar vários cosméticos, se você não começar por dentro. De acordo com a dermatologista, a melhor forma de prevenir o aparecimento de estrias na gravidez é controlar o ganho de peso para evitar grandes estiramentos. “Ter uma alimentação saudável e ingerir bastante água é importantíssimo”, ressalta. “É fundamental manter uma alimentação saudável e rica em vitamina E”, indica. A vitamina E tem ação antioxidante e está presente em alimentos como castanhas, nozes, semente de girassol, azeite de oliva e abacate, por exemplo. Inclua já esses itens no seu cardápio! 

Além disso, é claro, é preciso caprichar na hidratação da pele. “Durante a gravidez, a única forma de tratar estrias é usar hidratantes com ativos específicos e alguns ácidos leves, que podem atenuar o problema. Não é indicado fazer nenhum procedimento mais invasivo. O ideal mesmo é preparar essa pele antes da gravidez e prevenir o aparecimento com o controle do peso. A drenagem linfática também pode ser uma ótima aliada, pois diminui a retenção de líquidos e, consequentemente, o estiramento excessivo da pele”, sugere a especialista. 

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Hidratante primeiro ou óleo primeiro?

Depois do banho, você passa primeiro o óleo ou hidratante? Pois saiba que, nesse caso, a ordem dos fatores faz a diferença. “A melhor sequência seria, após o banho, usar um hidratante específico, que aja nas camadas da pele mais profundamente, e depois o óleo, para fazer uma película de proteção”, diz a médica. Se você preferir o caminho contrário, pode usar o óleo de banho. “Eles são menos agressivos à pele e ajudam a evitar o ressecamento”, completa.  

As estrias somem depois da gravidez?

 “Algumas estrias acabam sumindo após a gravidez, quando a pele vai voltando ao normal, principalmente aquelas menores e mais recentes, mas não é o que acontece na grande maioria dos casos”, diz a dermatologista. “Normalmente, as estrias ficam marcadas e podem evoluir para a fase mais tardia (estrias brancas). Se estiverem incomodando, você pode iniciar tratamentos específicos para atenuar as estrias aparentes e melhorar a qualidade da pele da região”, recomenda.

Cuidados com os produtos

Em todas as fases, é preciso ter cuidado com a escolha dos produtos usados no corpo. Na gravidez, então, a atenção deve ser redobrada. “As gestantes devem ter cuidado com qualquer produto que não tenha orientação médica, pois muitos ativos podem ser prejudiciais ao desenvolvimento do bebê. Por exemplo: hidratantes ricos em uréia e ácido salicílico, ativos de tratamento como hidroquinona e ácido retinóico e derivados. O ideal é sempre perguntar para o seu médico se aquele produto é adequado ou não”, orienta Ana Carulina.   

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“Produtos ricos em antioxidantes, como Vitamina E e vitamina C em baixas concentrações, alguns ácidos em baixa concentração como ácido glicólico e ácido azelaico, podem ser ótimos aliados durante essa fase e não prejudicam o bebê”, completa. 

E você? Tem notado o surgimento de estrias por aí?

 

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2 thoughts on “Estrias na gravidez: dá para evitar?

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