O momento certo para o bebê ir para a creche ou para a escola varia muito, de acordo com as necessidades da própria criança e da família. A partir de 1 ano e meio, 2 anos, os pequenos começam a ter mais benefícios ao socializar com outras pessoas, sobretudo com outras crianças, além do núcleo familiar. No entanto, se os pais podem contar com algum cuidador que possa acompanhar o filho, brincar com ele, interagir, levá-lo a uma pracinha ou a outros locais ao ar livre, dá para esperar um pouco mais. Se a família não tem a possibilidade de cuidar ou de contar com uma rede de apoio para isso, é melhor colocar o bebê na creche mais cedo. 

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Na faixa dos 3 anos, socializar e expandir o mundo para além do nicho protetor da casa se torna uma necessidade. Na creche, a criança interage com outros cuidadores e outras crianças e essa diversidade de visões é positiva. É uma forma de ampliar o mundo do bebê.

Como saber se seu bebê está pronto para ir à creche?

Não existe fórmula ou receita mágica para ter certeza de que você está tomando uma decisão certa. É aí que mora um dos maiores desafios da maternidade e da paternidade. Contudo, o sinal mais básico de que seu filho está preparado para expandir a socialização pode ser percebido no brincar, por exemplo. A partir de um certo momento, geralmente entre 1 e 2 anos, as crianças começam a mostrar interações sociais mais complexas.

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Fique atento para perceber se seu filho se diverte não apenas com um brinquedo e passa a demonstrar aptidão para o diálogo, para trocas, expressões de afeto e conversas. É quando ele começa a expressar a necessidade de estar com outras crianças.

Qual é a melhor idade para o bebê ir para a creche?

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Como escolher a creche, o berçário ou a escola ideal para o bebê?

O melhor é colocar o bebê em uma creche pequena, com cuidadores que tenham uma relação de um para um com ele. Verifique também as condições de segurança, se tem ventilação, espaços ao ar livre, boa alimentação… Dê preferência a locais que não usem artefatos como televisão ou outras telas e eletrônicos, que não são indicados para crianças menores de 2 anos, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Veja ainda se a escola oferece condições para ajudar na continuidade do aleitamento materno, se for o seu caso (se há possibilidade de extrair o leite, armazenar em locais e temperatura adequados, se têm capacidade de oferecer o alimento da maneira certa, etc.).

Cheque as políticas da escola quanto ao desfralde, para ver se elas condizem com as suas expectativas. Desmame e desfralde devem ser feitos com calma e gentileza, sempre que possível. São processos importantes, que marcam grandes passos na vida dos bebês. Cada criança tem o seu tempo e cada família tem uma maneira de ajudar os pequenos a executarem essas conquistas. 

Como fazer a adaptação da criança na creche?

Existem várias formas de trabalhar a adaptação da criança na creche. Alguns bebês e até crianças mais velhas podem ter mais dificuldades, sobretudo nesse momento, pós-pandemia. Muitos passaram um longo tempo perto dos pais. Cada escola tem sua metodologia, que geralmente envolve a presença da família no primeiro dia. Essa presença vai sendo reduzida aos poucos, até que o bebê consiga ficar de forma mais independente com as outras crianças e a professora. 

Escola pós-pandemia: como lidar?

Estamos vivendo ainda um período excepcional da história  humana. Se nós, adultos, temos algumas dificuldades para lidar com tantas mudanças durante a pandemia, imagine as crianças. As escolas precisam trabalhar o tempo que elas ficaram confinadas em casa, sobretudo a saúde emocional.

É necessário reforçar o acolhimento, principalmente com sintomas de angústia, ansiedade. As crianças podem ter vivido períodos traumáticos e as consequências podem aparecer sob a forma de comportamentos negativos. Então, é preciso ter cuidado e não interpretar isso como algo errado, simplesmente, mas como uma expressão dessa angústia. O diálogo entre os pais e a escola para tratar de questões como essa é imprescindível. 

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Fonte: Daniel Becker, pediatra e sanitarista, autor da página @pediatriaintegralbr

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