Muitas vezes, as embalagens dos produtos são parecidas e podem confundir os pais. As funções, indicações, exigências e valores nutricionais da fórmula e do composto lácteo são totalmente diferentes. Especialistas explicam

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Ao escolher um leite em pó para o bebê, você lê o rótulo com atenção? Se não faz isso, deveria. Além de haver vários produtos diferentes, com marcas, composições, formato de proteínas, entre outros detalhes, há categorias diferentes, que podem confundir os pais. Você sabe, por exemplo, o que é fórmula infantil e o que é composto lácteo? As embalagens são bem parecidas e, em geral, os produtos ficam juntos em prateleiras de supermercados ou farmácia, o que pode gerar enganos na hora de comprar.  Fórmula infantil e composto lácteo: entenda as diferenças Para ajudar as famílias a entenderem melhor o que é e para que serve cada uma dessas categorias de produtos lácteos industrializados voltados para os bebês, BabyHome conversou com especialistas. 

 

Fórmula infantil

Se seu bebê tem menos de 1 ano e, por algum motivo não mama no peito ou até mama, mas necessita de complemento, fique atento: ele precisa de fórmula infantil. “A fórmula infantil contém os micro e macronutrientes em quantidades balanceadas e adequadas para essa idade, com o objetivo de garantir a oferta nutricional e a manutenção do bem-estar biopsicossocial da mãe e do lactente”, explica a pediatra Aline Cunha, especialista em nutrologia infantil, de São José dos Campos (SP).  As fórmulas são produtos industrializados feitos a partir do leite de vaca modificado. Algumas versões, utilizam proteínas do leite de cabra ou de seja e elas podem estar intactas ou hidrolisadas, indicadas para crianças que têm alergia à proteína do leite. “Os produtos são feitos a partir de diversas modificações, em que são retiradas partes de alguns nutrientes que estão em excesso e acrescidos alguns que estão em falta, tendo sempre a composição do leite materno como referência”, explica o nutricionista infantil Luitgard Lima, da Clínica CliNutri (SP). Todas as fórmulas infantis seguem exigências criteriosas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para obtenção do registro. “Elas precisam se adequar às exigências de requisitos específicos da formulação, de acordo com a necessidade nutricional de cada faixa etária”, explica a pediatra Aline. Segundo ela, a composição deve conter apenas nutrientes que também estão presentes no leite materno e contar com níveis adequados de aminoácidos, vitaminas e minerais. “Poucos aditivos são permitidos, assim como a adição de corantes. Essa composição precisa ser comprovada por análise”, aponta. 

Composto lácteo

Já o composto lácteo é um produto que não é indicado para crianças menores de 1 ano. “É regulado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil (MAPA) e produzido com uma mistura de leite (no mínimo 51%) e outros ingredientes – lácteos ou não lácteos. O composto pode conter açúcar, corantes e aditivos alimentares”, explica o nutricionista Luitgard.  “A adição de vitaminas, minerais, gorduras vegetais e fibras é opcional, ou seja, a composição não precisa se adequar às necessidades nutricionais da infância”, aponta Aline. O composto, segundo a pediatra, pode ser uma opção em alguns casos de crianças em risco nutricional, como desnutrição, seletividades e baixo peso, entre outros. “Pode ser usado, por exemplo, como parte de uma estratégia para aumentar a ingestão de ferro, iodo, vitamina D e ácidos graxos poli-insaturados e diminuir a ingestão de proteínas, em comparação com o leite de vaca não enriquecido”, explica. “Porém, deve ficar claro para as famílias que os compostos lácteos não são produtos para uso rotineiro, muito menos obrigatório, após 1 ano de idade. O mais importante é estimular o consumo de alimentos naturais e tradicionais com alto valor nutricional para a composição de dietas quantitativa e qualitativamente equilibradas”, completa. 

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Leite materno é a primeira opção

Você provavelmente já sabe, mas não custa lembrar: o leite materno é sempre a melhor opção para o bebê. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que todos os bebês sejam amamentados exclusivamente até os 6 meses de vida e, depois disso, de maneira complementar aos alimentos sólidos, até 2 anos ou mais. “O leite materno é o único alimento que supre integralmente as necessidades nutricionais para o crescimento e o desenvolvimento adequados do bebê”, reforça a pediatra. “Além disso, protege contra as doenças infecciosas e alérgicas e favorece o estabelecimento do vínculo afetivo entre mãe e filho. Esses benefícios possuem repercussões positivas para o resto da vida da criança. Nenhum substituto do leite materno consegue, nem mesmo na sua composição nutricional, ser comparado a ele. O aleitamento materno é o meio mais eficiente para prevenir a morbidade e mortalidade infantil no mundo todo”, finaliza. 

 

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