Minha história com a nutrição infantil é parecida com a de um bebê no início da introdução alimentar. Provei duas colheradas, achei diferente, ativei meus sentidos e, com o tempo, estava completamente envolvida.

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Após 12 anos trabalhando com Oncologia Pediátrica, mudei totalmente de área e fui estudar os caminhos do desenvolvimento da boa relação com a comida. Sim, porque é comum ouvirmos sobre as dificuldades com a alimentação, a compulsão alimentar e várias outras “alterações” e como corrigi-las. Porém, poucos falam sobre como fazer dar tudo certo!

A introdução alimentar: jeito de começar faz toda a diferença na relação que seu bebê desenvolve com a comida (Foto: Shutterstock)
A introdução alimentar: jeito de começar faz toda a diferença na relação que seu bebê desenvolve com a comida (Foto: Shutterstock)

Tudo o que precisamos é que o bebê desenvolva uma relação natural e agradável com os alimentos e, para isso, há dicas comportamentais preciosas, que todo pai e mãe precisa realmente conhecer antes de iniciar a introdução alimentar!

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Divido aqui com vocês,

10 dicas comportamentais para uma introdução alimentar de sucesso

1. Cuide da sua alimentação durante a gestação e amamentação, pois os sabores dos alimentos passam pelo líquido amniótico e leite materno, condicionando o paladar do bebê já antes do nascimento

2. Aguarde os sinais de prontidão para iniciar a introdução, em geral à partir do 6º mês de vida. Quanto mais preparado o bebê, maior o sucesso.

3. O melhor método para iniciar é aquele com o qual o bebê evoluir melhor, portanto, não faça escolhas premeditadas, faça experimentações.

4. Aliás, faça deste momento uma oportunidade de expor a criança a diversos sabores, texturas, odores e temperaturas.

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5. Deixe a criança livre para pegar o alimento, brincar e se sujar. As experiências sensoriais dizem muito sobre qual relação ela terá com os alimentos

6. No momento da refeição, tenha atenção plena no ato de alimentar. Perceba seu bebê e as impressões dele sobre o que está recebendo. Nada de pressa!

7. Evite distrações como televisão, tablets, celulares ou brinquedos. Essa prática vai atrapalhar no futuro.

8. Introduza no cardápio elementos “confort food”, aqueles alimentos que ‘abraçam’ e contam histórias de família. Comer é pura cultura familiar

+ Coluna Peitolândia: vamos falar sobre amamentação?

9. Respeite a saciedade da criança e não force a alimentação em nenhuma hipótese. Confie no seu bebê!

10. Elimine o peso de a criança ter que comer tudo o que está no pratinho… Apenas divirtam-se!! Até 1 ano, o leite materno ainda é a refeição principal!

+ Meu filho parou de comer. O que fazer?

Leia essas dicas com calma e se prepare para um dos momentos essenciais para a criação de bons hábitos na alimentação. Começar certo já diz muito sobre o futuro.

Precisamos conversar mais sobre essa pediatria preventiva.

Contem comigo!

Até mês que vem!

Renata Aniceto, pediatra e especialista em alimentação infantil
Renata Aniceto, pediatra e especialista em alimentação infantil (Foto: Arquivo pessoal)

Renata Aniceto (@dra.renataaniceto) é pediatra e mãe de dois adolescentes: Laura 17, Lucas 14 e de um pet: Thor 2. Especialista em alimentação infantil e tem um pé na cozinha. Realiza vivências culinárias em que cozinha e ensina sobre medicina culinária e melhores escolhas alimentares para o dia a dia! Ela também é especialista e síndrome de Down. Escreve sobre nutrição infantil em BabyHome, na coluna Tem Pediatra na Cozinha, todos os meses.

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One thought on “Tem pediatra na cozinha: 10 dicas para uma introdução alimentar de sucesso

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