Na esperança de cura de uma possível doença do filho, no futuro, muitas famílias cogitam congelar o cordão umbilical do bebê. Ele é rico em células-tronco hematopoiéticas, que no adulto se localizam na medula óssea vermelha e servem para o tratamento de doenças hematológicas, como leucemia, linfomas e talassemias. No entanto, vale a pena ponderar sobre o assunto já que, ao contrário do que muitos bancos de congelamento propagam, a possibilidade de uso é mínima, conforme mostram as informações a seguir. E há um alto custo envolvido: há uma cobrança pelo procedimento de coleta e uma anuidade pelo armazenamento, ou seja, uma “dívida” por um longo tempo.

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As células-tronco armazenadas em bancos privados têm uso bem reduzido 

Verdade, se levarmos em conta a possibilidade de a pessoa usar, no futuro, as próprias células para um tratamento. Como, por enquanto, a utilização é apenas para doenças do sangue e que são, em geral, provocadas por herança genética, não há a possibilidade de usar essas células. O ideal é que o paciente procure um doador compatível em um banco público. A probabilidade de um jovem, por exemplo, utilizar suas próprias células do cordão é menor do que 0,05%. A chance de ser compatível com irmãos de mesmos pais é de 25%. 

Contratar um banco privado é melhor do que doar a um banco público 

Mito. Claro que a questão é muito pessoal, mas doar as células do sangue do cordão umbilical do seu bebê para um banco público pode ajudar uma quantidade muito maior de pessoas. E, no futuro, caso haja necessidade, recorrer a um banco público oferece maiores chances de salvar a vida do seu filho, já que você tem à disposição uma ampla gama de possíveis doadores compatíveis. Além disso, no Brasil os gastos com o banco público ficam a cargo do SUS (Sistema Único de Saúde), enquanto os valores cobrados pelas instituições particulares são altos e englobam o pagamento de uma taxa anual.

No banco público, a pessoa não tem acesso às próprias células

Mito. Desde que haja compatibilidade e necessidade, as células podem ser utilizadas por qualquer pessoa – inclusive a doadora ou algum parente seu – se estiverem disponíveis.

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Ainda há muito a se descobrir sobre a cura de novas doenças através de células-tronco 

Verdade. Pesquisas vêm sendo desenvolvidas em todo o mundo sobre os mais diversos tipos de enfermidades: artrose, diabetes, perdas mentais associadas à idade, TEA (Transtorno do Espectro Autista), etc.

 

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