Saber o que a espera no momento mais especial da sua vida certamente vai fazer com que se sinta mais segura e menos ansiosa, principalmente para encarar o último trimestre. É claro que intercorrências podem surgir, mesmo com todo o plano pré-natal seguido à risca, por isso vale a pena ficar ciente das alternativas e das possíveis alterações de última hora.

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Conversar bastante com o obstetra, mesmo sobre coisas que, em princípio, você pode achar bobas ou banais, é uma medida crucial para o seu conforto físico e emocional e o bem-estar do seu filho. Para adiantar um pouquinho o que provavelmente você vai ouvir no consultório médico, BabyHome explica os tipos possíveis de parto: vaginal, que pode acontecer de diferentes maneiras, e cesariana.

Parto vaginal

É o ideal por oferecer menos complicações do que o parto cirúrgico, ou seja, a cesárea. Para a mulher, há menos perigo de hemorragia e infecção e a recuperação é mais rápida. Já o bebê não corre o risco de ser retirado da barriga da mãe antes do tempo certo, sofre menos problemas respiratórios e menor propensão a adquirir infecções.

O parto vaginal pode ser feito das seguintes formas:

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• Parto normal:

É todo parto que ocorre pela vagina sem a necessidade de um instrumento cirúrgico como fórcipe (ou fórceps) ou vácuo-extrator para ajudar a saída do bebê. Em alguns casos, é antecedido por procedimentos como uso de soro na veia com medicação para estimular as contrações do útero, monitoramento eletrônico dos batimentos cardíacos da criança e rompimento artificial da bolsa amniótica. O parto normal pode, conforme a situação, exigir anestesia (peridural, raquidiana ou local) e episiotomia, pequeno corte no períneo (musculatura entre a vagina e o ânus) para facilitar a retirada do bebê.

• Parto natural

É o chamado parto humanizado, em que tudo corre conforme a natureza e, principalmente, de acordo com a vontade da mulher. O obstetra só acompanha a evolução, ouvindo periodicamente os batimentos cardíacos do bebê e realizando exames de toque para averiguar a dilatação do colo do útero. Nenhum procedimento – soro, anestesia ou episiotomia – é feito.

• Parto na água:

Mais comum no exterior, não é muito usual nas maternidades brasileiras – algumas adotam a banheira apenas para alívio das dores antes da fase expulsiva (de “expulsão” do bebê). Por isso, acaba sendo mais visto em nascimentos na casa da gestante. O parto é realizado numa banheira específica ou adaptada, cheia de água quentinha. Essa variação não elimina a dor das contrações, mas pode amenizá-las.

• Parto de cócoras:

Bastante comum nas comunidades indígenas. Em vez de se deitar para dar à luz, a mulher fica de cócoras – geralmente numa cadeira especial. A posição ajuda a evitar a compressão de vasos sanguíneos e usa a força da gravidade para tornar a saída do bebê mais tranquila.

• Parto vaginal cirúrgico:

Em algumas situações, a força materna para dar à luz não é suficiente. Para possibilitar o nascimento do bebê pode ser necessário usar o fórceps, uma espécie de pinça com duas grandes colheres que se adaptam à cabeça do bebê para puxá-lo, ou o vácuo-extrator, que se fixa na região posterior da cabecinha como uma ventosa. Parece assustador, mas são procedimentos feitos atualmente com segurança e parcimônia: só são empregados para evitar sofrimento de mãe e filho e nos raros casos em que valem mais a pena do que uma cesariana.

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Cesárea

A cesariana não é uma unanimidade entre os especialistas porque, se houve algum erro no cálculo de idade gestacional, o bebê pode nascer prematuro. Uma semana “extra” na barriga faz toda a diferença, já que é na reta final que o feto ganha mais peso e amadurece os pulmões. Na realidade, ela é um procedimento cirúrgico e traz os riscos inerentes a uma cirurgia, portanto, deveria ser recomendada apenas nos casos necessários – a Organização Mundial da Saúde (OMS) diz que o índice ideal de cesarianas é de 15% dos nascimentos, mas o Brasil possui a segunda mais alta taxa de cesáreas no mundo: 55,6%, chegando a mais de 80% em hospitais particulares.

Cada gestação é única, assim como não existe uma grávida igual a outra, por isso as especificidades podem e devem ser discutidas com o obstetra. Trata-se de uma cirurgia que, muitas vezes, é necessária e pode salvar vidas.

Exemplos: situações em que o cordão umbilical penetra no canal de parto antes do bebê, deslocamento prematuro de placenta, diminuição drástica no fluxo de oxigênio ou nos batimentos cardíacos do feto, doenças cardíacas, herpes genital, abertura pequena demais, falta de dilatação e em casos de placenta prévia, em que o órgão cobre parcial ou totalmente o colo do útero, impedindo a saída do bebê. A incisão é feita bem pertinho da área onde começam os pelos pubianos e tem cerca de 10 cm.

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