Embora o alojamento conjunto seja a melhor forma de receber o bebê e incentivar o aleitamento materno (e em livre demanda) e o vínculo com os pais, nem sempre seu filho ficará no mesmo quarto de hospital que você tão logo nasça.

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A prática de deixar mãe e bebê juntos desde o parto é cada vez mais priorizada nas maternidades, mais o mais provável é que seu filho ainda tenha de passar as primeiras horas de vida no berçário, mesmo que seja para realizar alguns procedimentos ou observar suas reações.

O que acontece na sala de parto

Aspiração

Assim que nasce, é na própria sala de parto que o recém-nascido recebe os primeiros cuidados do pediatra que acompanhou tudo. Costuma-se aspirar as secreções da boca e das narinas, limpando a passagem de ar para que a criança respire sozinha, pela primeira vez, pelos pulmões.

Esse procedimento, no entanto, não é um consenso e vem sendo questionado, uma vez que pode provocar arritmia cardíaca, além de ser invasivo e desnecessário para bebês saudáveis, conforme alegam os contrários à aspiração – especialmente os que nascem de parto normal e recebem a pressão do canal vaginal nos pulmões, contribuindo para expulsar os líquidos. Da mesma forma, a aspiração gástrica, mesmo em bebês nascidos de cesárea, tem sido contestada em casos sem necessidade específica, por ser ainda mais agressiva.

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Cordão umbilical

Quando o cordão umbilical para de pulsar, é feito o clampeamento (pinçamento) e o corte – isso leva, em média, de 1 a 3 minutos e é importante respeitar esse tempo para reduzir a anemia neonatal.

Teste de Apgar

Enquanto isso, o pediatra começa a realizar o Teste de Apgar, que avalia a vitalidade do bebê ainda no primeiro minuto de vida com notas que somam até 10. Ele analisa os batimentos cardíacos, os reflexos, o tônus muscular, a cor da pele e a respiração, além de pesar e medir o bebê. Esse teste é repetido no quinto minuto, quando o recém-nascido está mais estável, para resultados mais conclusivos.

Identificação e aleitamento

Na sequência, o bebê é identificado com uma pulseirinha no braço e no pé. Uma impressão dos seus pés é feita em um cartão e a mãe também recebe uma pulseira com a identificação dela e do filho. A primeira mamada deve acontecer ali mesmo, na sala de parto, na primeira hora de vida do recém-nascido, caso tenha nascido saudável. O ideal é que mãe e filho fiquem em contato pele a pele, mesmo nos casos de cesárea.

O caso do colírio

Algumas maternidades têm por norma aplicar colírio de nitrato de prata em bebês para evitar conjuntivite gonocócica, devido ao contato do bebê com a bactéria gonococo (da gonorreia) no canal vaginal. No entanto, o líquido pode provocar conjuntivite química. A mãe pode recusar esse procedimento e assinar um termo de responsabilidade, principalmente se no pré-natal foi constatado que ela não possui gonorreia.

No berçário

A série de testes continua na maternidade ou durante a primeira semana de vida (clique aqui para ver os exames). Em geral, esse espaço conta com bercinhos normais, berços de cuidados especiais, setor de isolamento e de fototerapia e a UTI (Unidade de Terapia Intensiva) Neonatal. Os pediatras que atuam nessa área são neonatologistas, ou seja, aptos a cuidar de bebês no período neonatal, que vai de 0 a 28 dias.

Observação

Assim que chega ao berçário, o recém-nascido é colocado em um berço aquecido e observado por um período de até seis horas. Ali, ele pode ser melhor avaliado fisicamente pelo pediatra.

Banho

Com três horas de vida, geralmente, recebe o primeiro banho. Mas estudos mostram que o vérnix, aquela substância branca e gordurosa que recobre o bebê, é benéfico para ajudar a manter a temperatura do corpo, prevenir infecções e hidratar a pele, portanto, o melhor é que seja adiado – aliás, ele é absorvido pela própria pele. A Organização Mundial da Saúde recomenda que ele seja dado só 24 horas depois. Nos Estados Unidos, a prática de esperar entre 8 e 24 horas depois do parto é mais difundida. Você pode conversar com o obstetra e a maternidade e pedir para o banho ser adiado o máximo possível.

Exames

Mãe e bebê são submetidos a um exame de sangue. Mulheres com sangue fator Rh negativo, que dão à luz bebês com sangue Rh positivo, recebem uma dose de imunoglobulina anti-D. 

 

Após três dias, a alta marca o início de uma nova etapa de vida. 

 

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