Uma, duas, três… oito fraldas por dia. Essa é a média de trocas de fralda por dia que você tem com um recém-nascido. E não adianta se assustar: ser mãe ou pai é viver em um eterno looping de trocas de fraldas. Quando você acha que acabou, começa tudo de novo! Logo você estará craque em analisar o cocô do bebê, sem nojo e sem frescura. E vai, inclusive, falar sobre a evacuação do seu filho com outros pais e mães: quantas vezes por dia, o aspecto das fezes… Bem-vindo ao mundo fisiológico da maternidade.

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Essa atenção ao cocô do seu bebê é muito saudável, diga-se de passagem. Como ainda é difícil adivinhar o que se passa com ele, as evacuações dão pistas importantes sobre a saúde da criança e as fases de desenvolvimento. Ao analisar seu aspecto, você consegue descobrir se ele tem alergia à proteína do leite, se está ressecado… Quer saber tudo sobre esse assunto? Siga as dicas e informações abaixo!

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A frequência das evacuações

É comum, no primeiro mês de vida, que o bebê faça cocô logo após cada mamada. É o reflexo gastrocólico, que estimula a evacuar toda vez que a barriguinha está cheia – e, por ser pequena, ela enche-se rapidamente. A partir do segundo mês, porém, a frequência se espaça e talvez isso gere preocupação. Porém, não há uma periodicidade nem uma aparência “ideal” para o cocô.

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Em geral, bebês que mamam só no peito podem tanto fazer cocô diversas vezes por dia como uma vez a cada três dias. Desde que as fezes sejam pastosas e o bebê aparente estar bem, sem cólica, choro ou irritação, não há motivo para estresse.

Aspecto das fezes da criança

Nos primeiros dias de vida do recém-nascido, o aspecto das fezes assusta: é um verde quase preto e pegajoso. Esse “primeiro cocô” é chamado de mecônio e acaba sendo expelido na primeira semana. Depois clareia e fica pastoso (ou líquido com gominhos) e com uma cor amarelada, porque durante o processo digestivo e intestinal o leite oxida.

As fezes só ficarão em tom marrom por volta de 1 ano e meio de vida. Já o odor piora a partir dos 6 meses, com a introdução de alimentos sólidos. Nessa fase, a frequência também tende a diminuir e você pode observar pedaços de comida no bolo fecal. Por isso, atenção: uma refeição com creme de espinafre, por exemplo, pode resultar em um cocô verde. Antes de se assustar, tente relacionar a cor com o que ele comeu.

As crianças alimentadas com fórmula de leite têm mais tendência à prisão de ventre. Nesse caso, o cocô é mais consistente, porque a composição do leite em pó não é de tão fácil digestão quanto o materno. O cheiro também é mais forte e os bebês podem ficar até uma semana sem evacuar. Se passar disso, consulte o médico, mas não medique seu filho por conta própria.

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O que fazer em caso de diarreia

A diarreia sempre merece atenção: o cocô fica muito líquido e a frequência aumenta. Ela ocorre mais entre os bebês que se alimentam com fórmula, porque o leite materno inibe a proliferação dos microorganismos que causam o problema. Além disso, a má esterilização de mamadeiras facilita o quadro.

Em todo caso, vale entrar em contato com o pediatra, pois a diarreia pode sinalizar alguma infecção viral ou bacteriana ou reação a algum medicamento – especialmente se vier acompanhada de vômito. E caprichar na hidratação do bebê, dando mais o peito ou água se ele já tiver mais de 6 meses.

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Como aliviar a prisão de ventre

Febre, mudanças na alimentação e certos remédios também podem prender o intestino e levar a criança a sofrer muito na evacuação por causa das fezes ressecadas. Algumas vezes, pode ter até presença de sangue devido às fissuras anais.

Na fase de introdução de alimentos sólidos é normal ter um pouco de prisão de ventre. Nesse caso, ofereça mais água, frutas e vegetais para melhorar o trânsito intestinal – ameixa, mamão e laranja costumam funcionar. Um fio de azeite de oliva extravirgem na papinha também ajuda.

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Fezes verdes ou pretas

O cocô esverdeado, por sua vez, pode indicar a presença de vírus, resultado de medicação ou até reação às fórmulas (como as enriquecidas com ferro). O tom verde também pode ser sinal de que o bebê não está esvaziando completamente o peito e, portanto, recebe só a primeira fase do leite, mais aquosa e cheia de lactose.

Independente da alteração percebida, é importante consultar o pediatra. Ele vai traçar um diagnóstico e um tratamento para seu bebê não sofrer.

Presença de sangue no cocô do bebê

Se você observar a presença de sangue no cocô do bebê, pode ser sinal de alergia ao leite de vaca que a mãe consumiu ou que ele próprio tomou (já que leite de vaca é a base para a composição da maioria das fórmulas). Antes, porém, descarte a possibilidade de ser o corante de algum alimento (mesmo que natural, como beterraba) ou fissura anal por causa de prisão de ventre.

Nascimento dos dentes

A maioria das famílias costuma observar uma mudança no cocô do bebê quando os dentes estão nascendo. Ele pode ficar mais líquido, com um cheiro ainda mais forte e ácido, e provocar mais assaduras. O ideal, em qualquer caso, é sempre trocar a fralda assim que a criança termine de evacuar.

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